Durante entrevista concedida ao Canal Gov nos estúdios da EBC, instalados no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, abordou temas centrais da política energética brasileira e as perspectivas para os preços dos combustíveis, em meio à realização da 17ª Cúpula do BRICS na capital fluminense.

Silveira afirmou que a recente queda no preço do barril do petróleo tipo Brent, referência internacional do mercado, cria um cenário favorável para a redução no valor da gasolina e do diesel no Brasil. “Com o recuo do Brent, há uma real possibilidade de os preços nas bombas diminuírem nos próximos dias. Isso beneficia diretamente os consumidores e fortalece o nosso compromisso com a estabilidade econômica”, declarou o ministro.
O Brent, que chegou a superar os 90 dólares no início do semestre, apresentou forte recuo nas últimas semanas, influenciado por fatores geopolíticos e aumento da oferta global. O ministro reforçou que a política da Petrobras leva em conta as variações internacionais, mas também busca proteger o consumidor brasileiro de flutuações abruptas.
Outro ponto abordado foi a possível venda do Polo Bahia, ativo da Petrobras, que voltou ao debate após declarações da presidente da estatal, Magda Chambriard. Silveira explicou que o tema está em análise e que qualquer decisão dependerá da aprovação do Conselho de Administração da empresa e do governo federal. “Qualquer movimentação será feita com responsabilidade e compromisso com o interesse nacional”, garantiu.
Durante sua participação na cúpula do BRICS, Silveira também ressaltou a importância da agenda ambiental e energética do bloco. O ministro destacou a atuação do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) no financiamento de projetos sustentáveis, como a transição energética e fontes limpas de energia. Segundo ele, essa é uma prioridade para o Brasil e para os demais países membros do BRICS.
Ao final da entrevista, Alexandre Silveira reforçou a necessidade de combater a adulteração de combustíveis e práticas de concentração de mercado que afetam diretamente o consumidor final. Ele garantiu que o governo tem atuado com firmeza na fiscalização do setor, em parceria com a Agência Nacional do Petróleo (ANP).
A entrevista ocorreu no contexto da Cúpula do BRICS, que este ano tem o Brasil como país anfitrião. O evento reúne líderes de 11 países e discute temas como desenvolvimento sustentável, uso de moedas locais e reforço da cooperação entre economias emergentes.